Feridas Emocionais na Infância e seus Reflexos na Vida Adulta
- Eliane Silva
- 31 de out. de 2024
- 2 min de leitura

As feridas emocionais na infância – rejeição, abandono e humilhação, entre outras – deixam marcas profundas que ecoam pela vida adulta, afetando desde nossos relacionamentos até a autoconfiança.
Cada uma dessas experiências cria raízes emocionais que, se não cuidadas, podem transformar-se em comportamentos e pensamentos limitantes.
A rejeição, por exemplo, planta uma insegurança silenciosa que pode tornar difícil se abrir para o amor ou até mesmo confiar em quem está ao nosso lado. Adultos que passaram por isso tendem a criar uma “casca” de autoproteção, temendo não ser bons o suficiente ou acreditando que, mais cedo ou mais tarde, serão novamente rejeitados. Isso acaba criando barreiras e, muitas vezes, impede que relacionamentos verdadeiros e saudáveis se desenvolvam.
O abandono, por outro lado, costuma gerar um medo constante de ser deixado para trás. Esse sentimento pode aparecer de maneira sutil, fazendo com que a pessoa busque aprovação constante e, às vezes, suporte comportamentos nocivos apenas para não reviver a sensação de ser “abandonada”. Em relacionamentos amorosos e de amizade, esse medo acaba gerando dependência emocional, uma necessidade contínua de reafirmação do vínculo que desgasta a relação. Já no ambiente de trabalho, essa mesma ferida pode levar a dificuldades em lidar com feedbacks ou mudanças, sendo interpretados como ameaças de afastamento ou perda de valor pessoal.
A humilhação, por sua vez, tende a ser um fardo para a autoestima. Aqueles que foram expostos a críticas excessivas, escárnio ou rebaixamento emocional na infância crescem com uma voz interna que questiona seu próprio valor. Essa ferida deixa a pessoa mais vulnerável a críticas e insegura em suas próprias habilidades, o que pode atrapalhar o desempenho profissional. Dificilmente ela se sentirá à altura das exigências, e mesmo o sucesso pode ser questionado por uma insegurança profunda e enraizada.
Reconhecer essas feridas é o primeiro passo para romper com o ciclo de insegurança e auto-sabotagem que elas podem gerar.
O autoconhecimento e a terapia oferecem caminhos para reescrever essas histórias, curando e ressignificando essas dores. Com o tempo, é possível entender que o que foi vivido no passado não define o nosso presente. Aprender a lidar com essas feridas não apenas fortalece nossa relação com os outros, mas, acima de tudo, nos reconecta com quem realmente somos.
Se entender ou lidar com este assunto ainda é um desafio pra você, venha conversar comigo. Com certeza alguns dos meus direcionamentos irá te ajudar.
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